segunda-feira, 30 de abril de 2012

quando o pai não quer ser pai

Infelizmente isso acontece.

No entanto, não estamos estagnados.
Estamos em movimento. Esta é uma das Leis da Natureza.
A vida também ensina às pessoas neste mundo a fora.
E existe uma chance, mesmo que na maioria das vezes pequena, da pessoa mudar.
Por isso, não podemos fechar as portas.
Sei que nossos sentimentos de defesa muitas vezes nos levam a acreditar que
nos fechando numa ostra, estaremos protegidos, que os golpes sujos e
injustos não mais nos atingirão.


Mas não percamos o foco : nossas crianças.

Se a vida nos dá uma nova chance em cada sol que nasce no horizonte, nossas crianças merecem que nos esforcemos em deixar nossos sentimentos pessoais de lado e permitamos um acesso, uma chance de conexão com o pai.

Sei que não é fácil.
Porém, garanto para você que é possível.
Sempre aproveite a oportunidade que a vida fizer surgir de mostrar ao pai do seu filho que o acesso existe e que ele é benvindo.

leia também:
.permita que o pai seja pai
.conexão pai e filho
.vossos filhos não são vossos filhos
.não limpe o nariz na manga da camisa
.ferramenta para futuros heróis

quinta-feira, 26 de abril de 2012

a gestante e o espectro de cores

Aconteceu que a barriga foi crescendo.
Fui adaptando o que tinha de roupas confortáveis e comprando algumas que eu chamava de "peças chave" pra ter o que vestir por toda aquela looooooooonga (palavra com 9 letras "o", uma pra cada mês, rsrsrsrs) gestação.

"Peça chave" era um macacão que cobria a barriga e permitia que eu usasse todas as minha camisetas.

"Peça chave" era uma batinha que também cobria a barriga e permitia que eu usasse não só todas as minhas camisetas como também todas as minha calças-bailarina.

E assim eu andava bem faceira pra lá e pra cá até que uma senhora, que era minha professora de yoga para gestantes (e que já era avó!), me disse:

- Você só usa roupa preta. Permita que seu bebê receba a benção de todas as cores.

Foi então que percebi.
As "peça-chave" que eu tinha comprado, na idéia de inibir transparências e tudo o mais eram todas pretas.

Parei tudo e fui comprar roupinhas simples, de cores alegres e sempre que podia, mesmo morando em Curitiba, permitia que minha barriga pegasse um solzinho.
_____________________`
á professora de yoga para gestantes, Sra Hélida, receba nossa gratidão

domingo, 22 de abril de 2012

o intruso estranho



"Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho,
 recém-chegado à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador
 personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.

O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.

Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha
família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.

Meus pais eram instrutores complementares:

Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu
pai me ensinou a obedecer.

Mas o estranho era nosso narrador.

Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.

Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos
saber de política, história ou ciência.

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!

Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.

Fazia-me rir, e me fazia chorar.

O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.

Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto
de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha
para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado
alguma vez, para que o estranho fosse embora).

Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o
estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.

As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos
em nossa casa? Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou
de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de
longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada
que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se
retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool.
Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os
charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo.
Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos,
e geralmente vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados
fortemente durante minha adolescência pelo estranho.

Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores
de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio
para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante
como era ao principio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais,
ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém
quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a
fazer-lhe companhia...

Seu nome?

Nós o chamamos:  Televisor...

Nota:

Pede-se que este artigo seja lido em cada lar.

Agora ele tem uma esposa que se chama:  Computador

e um filho que se chama:  Celular"

______________________

à mamãe Loriane, nosso agradecimento por compartilhar deste texto magnífico

sexta-feira, 20 de abril de 2012

vossos filhos não são vossos filhos

Tem horas que diante de nossos pequenos, ficamos em dúvida de que caminho tomar, que opção escolher, como fazer.

Compartilho com vocês, queridos Mamães e Simpatizantes de um poema  de Gibran Khalil Gibran  que já me é mais que isso, é um código de conduta.

Quando você estiver em dúvida, releia este poema de coração aberto e o caminho verdadeiro saltará aos seus olhos como neon multicolorido em forma de ⤜flecha⤅ apontando "é por aqui!"


"Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."


Gibran Khalil Gibran - do livro O Profeta

Á boa amiga Jucimara R Ott,
agradeço por ter me apresentado
à este poema

quarta-feira, 18 de abril de 2012

conexão pai e filho

É normal que o pai só se sinta pai a partir do momento em que pegar o filho no colo.

o tripé

O tripé pai+mãe+filho é um imagem que devemos ter sempre em mente e que resulta numa criança segura e completa.

A energia paterna é diferente da energia materna. Estas energias não são concorrentes. São complementares.

Atividades a três, com um astral harmônico é uma referência importante para a criança. Quando eu falar filho estarei me referindo tanto aos meninos como às meninas.

seu relacionamento com o pai do seu filho

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ainda que você não esteja morrendo de amores pelo pai de seu filho, lembre que, no mínimo por respeito, o foco é a criança.

Separe as coisas. Se o relacionamento não é tão “fluido” como você idealizava, a criança não tem culpa disso e não precisa carregar esse fardo, que é, no final das contas, algo que o cavalheiro e a dama devem resolver com respeito mútuo.

Pode ser desafiante localizar, mas o pai de seu filho possui virtudes, atributos que só ele tem. Identifique estes atributos e compartilhe da admiração destas virtudes com a criança.

Nunca fale mal do pai para a criança. Nunca. A criança precisa de referências positivas.

As referências negativas desfilarão em abundância e a vida se encarrega disso.

Mesmo que a criança identifique as “ mancadas” que o pai deu, mostre imediatamente algo que o pai da criança tem de bom ou fez de bom. Depois, em particular, sem a criança por perto, conte ao pai o que a criança viu e comentou sobre ele. Este feedback sincero e respeitoso (não fale com a mão na cintura e dedo apontando pro nariz do cavalheiro então!) ajuda bastante. Os pais costumam se preocupar bastante com a imagem que a criança tem deles.

auxiliando na conexão

A mãe pode e deve auxiliar para que a conexão do pai com o filho se estabeleça já no momento intra-uterino e se fortifique.

Na gestação, esta relação é ainda muito virtual ou “não-palpável”, mas se você perceber e mostrar ao seu cavalheiro que o narizinho que aparece na ecografia é igualizinho ao do papai, estará antecipando o processo. Mas tem que ser verdade, ou a coisa ainda se volta contra você. Quando o pai estiver distante, mostre uma foto onde seja fácil de identifica-lo e que ele esteja com cara boa, mostre pro bebê , sorria olhando nos olhos da criança e fale devagar, como quem dá uma boa notícia:

_"Papai Eduardo".

Mesmo que o pai não pergunte, compartilhe das novidades da criança, fale das pequenas conquistas e também das dificuldades e pontos a trabalhar que você tem identificado. Se possível, promova atividades agradáveis e que possam pai e filho ficar sozinhos, desenvolvendo uma cumplicidade sadia.

vamos a um exemplo prático

A mamãe percebeu que o menino de 3 anos estava mostrando receio de dormir no escuro.

Quando o papai chegou do trabalho, em particular ela contou a ele e montaram um plano:
  • ela daria o banho no menino
  • colocaria ele na cama
  • e o papai ficaria ao lado do menino passando ferramentas de coragem e acompanhando o adormecer
Quando a mamãe entregou o menino ao pai no quarto, este logo promoveu um tour no local para que , enquanto a luz estava acesa, ele visse que não havia nada de diferente embaixo da cama, nem atrás da porta, nem sobre o armário. Passou tranquilidade e segurança à criança e antes de apagar a luz, pediu pro menino escolher um brinquedo amigo para dormir com ele. O menino escolheu uma espada de plástico verde (rsrsrsrs).

O pai presente repetiu o processo por algumas noites seguidas e assim a coisa se resolveu.



leia também

não limpe o nariz na manga da camisa

hora de guardar os brinquedos

segunda-feira, 16 de abril de 2012

permita que o pai seja pai

Niguém vai cuidar de sua criança como você.
Isso é um fato.
O instinto maternal escuta o que ninguém escuta.
Vê o que ninguém vê.
Está, na verdade , adiante do ver. Tem o dom do prever.
Só uma mãe falando pra outra mãe pra saber o que é isso.


O pai pode te devolver a criança :
. mal alimentada, por que a criança disse que não queria e a coisa ficou por isso mesmo, rsrsrsrs
.com uma fralda que vazou porque foi mal colocada
. com o peito molhado porque não soube administrar o copo


Mas peço que considere o todo.
Considere que a criança e o pai pelo menos tiveram um momento só deles.
Considere que o elo que os une foi fortalecido pela força da cumplicidade.
Considere que a energia que o cavalheiro compartilha com a criança é diferente da sua.
Estamos falando de energias complementares .
Energia de damas e energia de  cavalheiros. Estas energias não são concorrentes.


 Vou contar um caso.
Uma mãe me segredou horrorizada que numa tarde de sábado, programou um momentinho para si.
Contou com o apoio do marido, que levaria o pequeno Paulo (6 meses) para dar uma volta:
- Acredita que o pai da criança saiu sem a bolsa (que tinha material para troca de fralda, roupa extra e mamadeira)? Mas levou a criança. Ufa!
Sim, isso é um horror, mas o fato é que a criança sobreviveu à tarde daquele sábado.
E a mamãe pôde pelo menos fazer as unhas e dar uma repaginada nos cabelos.


Mais um caso.
Outra mãe  me contou que descobriu, no final da tarde de domingo, que o pai e o filho de 3 anos tinham se divertido a valer na ausência dela.
Perguntando detalhes, descobriu o único alimento que o pequeno tinha ingerido : um pacote de pipoca , daqueles cor de rosa.
Baixou a cabeça , foi pra cozinha e preparou rapidamente algo com mais “sustância“ para o pequeno, que cansado já estava quase adormecendo.
Precisava que o pequeno comesse urgente ou acordaria de madrugada com fome e isso não seria legal.
Apagado o incêndio ponderou que esse tipo de ” não-alimentação” não era a regra, era a excessão e por isso, o menino sobreviveria e que ela tinha passado um domingo revigorante.


E por fim...
Certa vez tirei alguns minutinhos para observar a movimentação no fraldário de um shopping movimentado.
São muitos papais dando conta do recado sozinhos. Temos uma nova geração de papais.
Eles trocam fralda, higienizam a criança (da maneira deles, mas tentam), aquecem mamadeira e tudo o mais.

De espaço para que o pai que existe dentro de seu companheiro floresça (mesmo que você já não esteja morrendo de amores por ele).

Perceba que eles não nascem prontos como você (rsrsrsr).  Eles precisam de algumas instruções básicas e resumidas. Em geral os cavalheiros não gostam de longas e detalhadas explanações.

Sua criança merece. E pra te inspirar, recomendo o filme Duet - Vem Cantar Comigo ( com Gwyneth Paltrow, Huey Lewis )  que conta a estória da moça que encontra seu pai.

leia também:
.conexão pai e filho

sexta-feira, 13 de abril de 2012

meu bico do seio rachou





Na amamentação é comum acontecer do bico do seio rachar, doer e sangrar um pouco.

É possível resolver com rapidez e facilidade.

E melhor ainda, sem medicamento.

Existe um óleo de girassol prensado à frio vendido em farmácias chamado Dersani.

Aplique com um algodão sobre o bico do seio antes e após a amamentação.

Ele é cicatrizante e não traz problema algum pro contato direto à boca do bebê recém nascido.

Outra opção é amassar um punhado de salsinha, colocar numa película de filme (o mesmo que se usa para embalar alimentos antes de pôr na geladeira) e deixar sobre o bico do seio nos intervalos em que o bebê não estiver mamando.

Quando for amamentar , lavar apenas com água , sem sabão. O contato de possíveis resíduos da salsinha com a boca do bebê não trazem problema algum.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

a criança e a postura do esforço



Caso tenha dificuldade de plasmar à criança a postura de que é com esforço que se consegue as "coisas", preciso que incorpore este postura, antes de mais nada em você.


≪Era uma Vez um Rio
Era uma vez um rio - diz uma velha tradição oriental - que corria lentamente no seu cômodo leite de barro. Suas águas eram turvas e nelas viviam peixes da cor do chumbo que buscavam seu alimento no lodo.

Como era muito pouco profundo, nenhum ser humano ainda se tinha lembrado de fazer uma ponte sobre ele, conformando-se apenas em colocar algumas pedras no seu leito que improvisavam caminhos umidificados pelas lentas águas. Os animais dos bosques vagueavam pelos lugares menos profundos, revolvendo as entranhas do rio com as suas patas. Para beber iam ao lago mais próximo, porque as águas do rio eram escuras e cheiravam mal.

Mas o Deus Indra, que tudo vê, apiedou-se do Gênio do rio, pois sem ser tolo, comportava-se como tal, entorpecido pela inércia e comodidade, já acostumado a que pisassem o seu corpo, que era úmido e hediondo como uma víbora morta. Com o passar do tempo, o rio conformou-se com os caminhos mais suaves e evitava os declives violentos. Era mudo, feio e as belas Ondinas e Fadas dos ribeiros não se aproximavam dele, nem sequer para fabricarem os seus espelhos mágicos nas noites de Lua Cheia.

Um dos Servidores de Indra secou a terra à frente dele e levantou-a de forma que o obrigou a desviar-se. Ao princípio assustado, o velho rio começou a gemer, mas logo descobriu o prazer de saltar sobre as pedras e, com um rugido, abateu árvores e abriu caminho, saltando abismos e arremetendo contra enormes penhascos.

A sua água fez-se límpida ao filtrar-se através das areias e pedregulhos; o seu fundo voltou a ser de pedra e, às vezes, de metal, cujos veios brilhavam no seu leito como os ígneos látegos de Indra quando conduz os Maruts.

Do seu seio, outrora escuro e lôbrego, nasceu a espuma branca, pois esta não aparece se não houver luta, se não houver purificação.

Nele surgiram peixes coloridos que subiam o rio e nas suas margens foi deixando pequenas lagoas recortadas em belas rochas que arrebataram os Elementais das águas. Com o titilante reflexo das estrelas, as Ninfas fizeram os seus pentes mágicos e extraíram dos profundos remansos os espelhos encantados.

Os humanos já não o pisaram, mas elevaram arcos de triunfo sobre ele, a que chamaram pontes.

Os animais cruzavam-no nadando, e logo comentavam, limpos e brilhantes, a força do rio. Por fim, quando chegava à sua Mãe Ganga, era recebido com ovações pelas outras águas que a ele se abraçavam gritando de alegria.

E vendo tudo isso e outras coisas mais que não vos conto, Indra pensou em muitos seres humanos que não aproveitam as suas oportunidades e continuam a ser rios lentos e barrentos, carentes de valor e de glória. Então, duas lágrimas correm pelo seu rosto candente, e assim aparecem as nuvens, e tudo na natureza se torna cinzento, lamentando a estupidez humana.
Profº Jorge Angel Livraga

domingo, 8 de abril de 2012

o que - e com quem - falar sobre seu filho

Você já recebeu uma visita inesperada em casa e precisou se desculpar pela bagunça como alguns brinquedos no chão ou uma pequena quantidade de louça na pia?

O visitante não teria sequer prestado atenção na bagunça se você não tivesse gasto seu tempo apontando para ela. Claro que todos nós temos uma parte da casa bagunçada de vez em quando ou sempre e não queremos que as pessoas vejam. No entanto, apontar para a bagunça, falando sobre isso acaba atraindo mais atenção e isso é o oposto do que desejamos.

Perceba que:

  1. A pessoa provavelmente não está preocupada com a desordem em seu espaço a menos que seja perigoso ou o afete de alguma forma;
  2. A pessoa pode até não perceber isso a menos que você mostre e chame a atenção para isso. Respire e gaste esse tempo falando sobre algo que você queira destacar em sua casa."




Mamãe e Simpatizantes, guardadas as proporções, peço que reflita sobre o que você fala sobre a sua criança (desde a fase intra-uterina) por aí.

Tem gente que fala sobre toda a "bagunça" na frente da criança, sublinhando o que não deve ser sublinhado.

Você vai me dizer:

_"Mas meu filho tem só 2 anos, não vai entender que falei para minha vizinha que ele fez cocô na calça e me deu um trabalhão para limpar"

Depois temos um adulto com problemas para eliminar seus "excessos" e não sabemos de onde vem isso.

Sua vizinha, colega de trabalho, atendente de supermercado, ... , não vai poder ajudar em nada no processo educacional de seu filho. Eu garanto isso pra você.
Quando alguém, que não é da equipe que atua diretamente com seu filho (professora, babá , avó, marido) perguntar como está seu filho, fale das coisas boas ou simplesmente sorria e diga:

_"Tá tudo beleza!"

Independente de seu filho estar presente ou não.
Por outro lado, faça um constante contato , sem a presença da criança com todos os que têm relação constante e profunda com a criança. Torne este grupo um time . Promova um intercâmbio de informações. Trabalhem unidos na busca conjunta de resultados e progressos.

Mande, por exemplo um bilhetinho na mochila da escola contando como foi o dia da criança enquanto não esteve na escola. A professora poderá dar continuidade, enviando informações para mãe sobre as atividades, desempenho e dificuldades da criança. Assim, vida na escolinha e fora dela não fica como vidas paralelas e sim uma que complementa a outra.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

musica pra lavar a mão

As músicas ajudam muito na transição de uma atividade para outra.

Use sempre a mesma música.

É na repetição e na rotina estruturada que a criança se sente confortável para se desenvolver.

Transforme tudo numa brincadeira legal.

Lavar As Mãos
Arnaldo Antunes



Uma
Lava outra, lava uma
Lava outra, lava uma mão
Lava outra mão, lava uma mão
Lava outra mão
Lava uma

Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira
Lava uma (mão), lava outra (mão)
Lava uma, lava outra (mão)
Lava uma

A doença vai embora junto com a sujeira
Verme, bactéria, mando embora embaixo da torneira
Água uma, água outra
Água uma (mão), água outra
Água uma

A segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira
Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira
Lava uma mão, mão, mão, mão
Água uma mão, lava outra mão
Lava uma mão
Lava outra, lava uma




Veja também o combinado - ferramenta para transição

quarta-feira, 4 de abril de 2012

bolacha no joelho

Um pequeno conto de terror:
Era o primeiro dia da babá.
A menina tropeçou na calçada e ralou o joelho.
Sangrava e isso assustava a ambas.
Carregada no colo até dentro de casa, a menina chorava em escala crescente.
A babá senta a menina na mesa da cozinha e vê que a coisa não tem consolo.
Uma tentativa de limpar o local para fazer um curativo? Mas como?
Desesperada a babá pega um pote de bolacha, entrega uma para menina e diz:
_Pegue. A dor vai passar.
E sai pela casa a procura do kit primeiros socorros.
De volta à cozinha, encontra a cena : a menina esfregando a bolacha no joelho.
Peço sua atenção, Mamãe e Simpatizantes.

Veja que ferramentas você dá para a criança lidar com as frustrações, com as dificuldades, com a dor.
Canalizar mal e se tornar a um adulto obeso pode ser uma saída fácil. Mas é a melhor saída? Entende agora porque você afoga as mágoas numa caixa de chocolate sentada num canto escuro?

Recomendo:
  • Acolha a criança fisicamente
    Pode colocá-la no seu colo
    Pode abraçá-la , se possível
    Fale pouco pois se a criança está chorando, vai ouvir pouco mesmo
  • Reconheça que o que ela está sentindo é verdadeiro
    Seja cúmplice
    Não negue os sentimentos pois se a criança sente e você diz que não é nada, concluirá você não é confiável
    Nunca use de ironia
    Diga algo como:
    "Sim, menina, eu sei que dói. Eu já machuquei assim uma vez."
    Quando a criança chora, ela chora de corpo inteiro, sabia?
  • Ajude a criança a se acalmar
    Fique em silêncio nesta atitude cúmplice
    Transmita tranquilidade e controle sobre a situação
    Não é hora para gracinhas
  • Quando a criança se acalmar,
    Explique que o será feito , passo a passo para "proteger" o local atingido
    "Vou passar este líquido para limpar, depois uma pomada para ajudar a cicatrizar e este curativo para não encostar em nada...
  • "Volte o filme" com a criança junto, para ela entender o que aconteceu, onde tropeçou, onde bateu
    Isso ajuda para que não aconteça novamente e para que a criança aprenda também com os próprios erros
  • Passado o susto, brinque com a situação
    Por exemplo, se bateu a cabeça na quina da mesa, faça uma voz diferente e diga:
    "Ohhh dona mesa, tá doendo na senhora também? Quer um curativo também? A gente vai tomar mais cuidado,desculpe, foi mal heim?"
Cabe aqui mais um caso para ilustrar, agora de maneira assertiva:
A família se reuniu numa chácara.
As crianças logo se juntaram pAra brincar numa barraca (dessas de camping) que foi montada próximo do campinho de futebol.
Um dos meninos, Rodrigo (5 anos) desajeitado e arteiro encontrou uma pá de lixo de metal e foi mais ligeiro que a mocinha que tinha se prontificado a ficar de olho nas crianças.
Bateu de fora da barraca numa das meninas que estava dentro.
Atingida no nariz, Fernanda, a menina de 8 anos procurava segurar com a mão o sangue que escorria.
Sofia, amiguinha dela, aterrorizada queria ir correndo chamar o pai, mas Fernanda disse:
_Calma Sofia ! É só sangue.
Limpou na camiseta e continuou brincado.
 leia também:

não limpe o nariz na manga da camisa

hora de guardar os brinquedos

vai deixar sua criança com alguém? como fazer

permita que o pai seja pai

meu filho não toma água

estou com pouco leite - amamentação